O endividamento dos brasileiros atingiu seus níveis mais altos na história em 2011. Muitos já perderam o crédito e vivem adquirindo dívidas atrás de dívidas para honrarem outras dívidas, entrando em um desconfortável e perigoso circulo vicioso. Alguns se endividaram para cobrir gastos imprevistos, outros, infelizmente, se endividaram por pura falta de controle sobre suas finanças, gastando mais do que teriam capacidade de honrar. É importante ressaltar que não existe uma solução milagrosa e que algum sacrifício será necessário para se livrar desta situação desconfortável.
A primeira atitude a ser tomada é fazer um mapeamento do seu estilo de vida, fazendo um levantamento minucioso de suas contas, sua renda e despesas do dia-a-dia, inclusive as pequenas despesas. Três meses já seriam o suficiente para se ter uma idéia do seu perfil de consumo. Esta fase é chata e cansativa, principalmente por prever uma mudança de hábito, mas é uma fase importante no processo de equilíbrio de contas e deve ser feito em conjunto com o(a) cônjuge, quando for o caso. Estes levantamentos podem ser armazenados em uma planilha Excel, em um caderno de anotações ou em sistemas próprios para isso. É importante anotar tudo nesta fase. O controle sobre suas finanças permitirá que você tome decisões conscientes sobre o seu consumo, mantendo seu padrão de vida de maneira consciente, equilibrada e planejada.
A parte crucial do seu equilíbrio é a sua renda e seus rendimentos. Em última instância, são eles que determinam qual será o seu padrão de vida. As despesas mais os investimentos devem ser menores do que a sua renda. Isto parece trivial e lógico, mas poucos seguem esta regra. O hábito da poupança é fundamental na vida de qualquer pessoa, independentemente do nível de renda.
Após o mapeamento dos seus gastos e agrupá-los em Moradia, Alimentação, Transporte, Lazer etc, passaremos para o segundo passo que é a identificação dos gastos que podem sofrer cortes apenas com mudanças de hábitos, como:
1) restaurantes: passar a comer mais em casa e menos na rua, evitando os restaurantes caros;
2) academia: mudar para uma caminhada na rua ou comprar equipamentos para fazer ginástica em casa. Esta pode ser uma medida temporária até que as contas estejam equilibradas;
3) tv a cabo: talvez você possa mudar para um pacote mais barato e que possa satisfazer as suas necessidades ou mesmo cortar temporariamente a tv a cabo;
4) telefonia: criar hábitos de falar menos ao celular ou mudar para uma operadora com tarifas mais baixas ou para planos mais em conta. As vezes, apenas com uma mudança de plano já é possível diminuir os gastos. Em muitos casos pagamos por planos mais caros, que contemplam serviços que nunca utilizamos;
5) eletricidade: apagar as luzes, trocar chuveiros elétricos por outros, retirar os aparelhos da tomada;
Em suma, devemos identificar os desperdícios e evitá-los. A soma dos pequenos gastos faz toda a diferença.
Qual o problema de se contrair dívidas? O principal é que as dívidas diminuem o seu padrão de vida e, por consequência, o seu bem estar e o de sua família. Por exemplo, os altos juros pagos nas dívidas de cartão de crédito ou cheque especial é um recurso que estaria sendo destinado para outra finalidade, como uma viagem de férias, um novo automóvel, um fundo de previdência ou um novo apartamento. Gastos que aumentariam o seu bem estar e de sua família, mas que acabam indo para uma instituição financeira, enriquecendo terceiros.
Artigo escrito por Gustavo Garcia.
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