quarta-feira, 24 de abril de 2013

Quer investir em imóveis? Conheça os FII's – Parte I da série Fundos de Investimento Imobiliários – FII’s

Quando se trata de investimentos, o brasileiro costuma possuir um perfil mais conservador. Crescemos ouvindo de nossos pais que investir em imóveis é um excelente negócio e sempre existe um amigo ou amigo do amigo que consegue uma boa renda alugando imóvel.

Mas, a compra de um imóvel, bem como sua locação não são transações fáceis e triviais. Ao adquirir um imóvel temos que escolher bem sua localização, por vezes financiar parte do seu valor, pagar impostos de transmissão e propriedade, arcar com condomínio, taxas-extras etc.
O aluguel, por sua vez, pode ser feito diretamente pelo proprietário do imóvel ou via imobiliária. Em ambos os casos, há uma grande chance de você ter uma bela dor de cabeça. Aluguéis atrasados, ordens de despejo, vacância e má conservação do imóvel são apenas uma pequena amostra dos problemas que podem surgir.

Para nossa sorte, existe no mercado brasileiro um produto financeiro que é indicado para quem está interessado em investir no setor imobiliário e, ao mesmo tempo, quer evitar o trabalho e os riscos descritos nos parágrafos anteriores, trata-se do Fundo de Investimento Imobiliário – FII.

Este artigo não tem a pretensão de fazer previsões acerca do futuro do mercado dos FII e, tampouco, não tem a intenção de recomendar nenhum tipo de aplicação, mas sim, apresentar uma alternativa interessante para aqueles que optam por este tipo de investimento. Inclusive, o FII pode se tornar uma boa alternativa de investimento para poupança visando a compra de um imóvel ou mesmo aposentadoria.

O FII, ao contrário do que se possa imaginar, não é nenhuma novidade. Existe desde 1993. O FII, assim como qualquer outro fundo de investimento, é formado por cotistas (grupos de investidores), como uma espécie de condomínio, e é organizado por bancos ou companhias hipotecárias. O rendimento do FII pode vir de fontes diferentes: dos aluguéis dos imóveis ou da venda de imóveis que compõem o portfólio do fundo. A escolha do administrador do fundo também é importante, pois os resultados dos investimentos dependem de sua habilidade em enxergar, no mercado imobiliário, as melhores alternativas de investimentos, bem como da sua administração em si.

Como já adiantamos no começo do artigo, existem várias vantagens do FII, em relação à compra própria de um imóvel:

1) o proprietário não precisa se preocupar com inquilinos;

2) não precisa se preocupar com a manutenção do(s) imóvel (eis);

3) não precisa se preocupar com Imposto de Transmissão, IPTU, condomínio e taxas-extras;

4) possibilidade de diversificação do investimento, não precisando colocar todo o dinheiro em um único fundo;

5) poder investir em grandes empreendimentos, tais como, shoppings centers, hospitais, prédios comerciais, agências bancárias etc.;

6) os rendimentos do FII, ao contrário dos aluguéis, são isentos de imposto de renda;

7) liquidez, pois as cotas de alguns fundos são negociadas na BMF&BOVESPA.

Mas, como todo investimento, o FII tem alguns riscos e desvantagens:

1) custos de administração, pagos através das taxas de administração, como em qualquer fundo de investimento;

2) risco de mercado (oscilação no valor da cota);

3) risco da queda nos preços dos imóveis componentes da carteira do FII;

4) risco de vacância dos imóveis;

5) risco de má administração.


Nos próximos artigos apresentaremos maiores detalhes a respeito do FII, sempre tentando fazer um paralelo entre o mesmo e o investimento direto em imóveis, para que o leitor possa fazer uma reflexão a respeito do assunto. Apresentaremos em maiores detalhes as vantagens e desvantagens, bem como os FII disponíveis, mostrando qual o melhor caminho para se investir em FII.

Até a próxima!

* Importante lembrar que não estamos recomendando este tipo de investimento, a intenção é apenas mostrar as diferentes alternativas de investimento disponíveis no mercado.

Artigo escrito por Gustavo Garcia e  Flávio Girão Guimarães


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